Entre azinheiras e sobreiros, urze e rosmaninho, 154 espécies de aves, 44 de mamíferos, 15 de anfíbios, 20 de répteis, 12 de peixes e 153 de insectos coabitam no espaço do Parque Natural do Tejo Internacional, tornando-o numa das mais importantes áreas protegidas portuguesas.
Aqui, no distrito de Castelo Branco, onde o Tejo faz fronteira com Espanha, o Parque Natural combina o melhor da natureza com o património histórico e cultural. Vestígios do Neolítico e sepulturas romanas convivem com lugarejos rústicos quase despovoados, e a paisagem integra de forma harmoniosas a arquitectura popular das aldeias típicas da região, que parecem acolhê-lo de braços abertos. Na área envolvente do Parque Natural do Tejo Internacional, visite as deslumbrantes Aldeias Históricas de Monsanto e de Idanha-a-Velha ou opte por um dos diversos circuitos pedestres disponíveis.
O Parque Natural do Tejo Internacional encontra-se sob a influência climática do andar mesomediterrâneo seco a sub-húmido, apresentando um verão marcadamente quente e seco. Em termos bioclimáticos o Parque Natural do Tejo Internacional inclui duas séries bioclimáticas: Série da azinheira, Quercus rotundifolia e a Série do sobreiro, Quercus suber. São igualmente características as formações arbustivas correspondentes a estádios intermédios da sucessão vegetal: medronhais, zambujais, retamais, carrascais e estevais.
A cobertura arbórea natural desta região é predominantemente constituída pela azinheira nas zonas médias e altas, bem como por freixo, salgueiros, tamujo e pelo amieiro nas zonas ripícolas. Dada a intervenção antrópica, estão também presentes manchas arbóreas geridas, como os olivais, os eucaliptais e pinhais, assim como montados de azinho e de sobreiro.AzinheiraA floração ocorre na primavera, entre os meses de fevereiro e maio. Como é uma espécie monóica (espécie que apresenta flores femininas e masculinas separadamente na mesma planta) as flores masculinas e femininas crescem na mesma árvore. As flores masculinas são amareladas, alaranjadas e por fim tornam-se pardas. Aparecem em grande quantidade, agrupadas em inflorescências – amentilhos suspensos – na extremidade dos ramos do ano.As flores femininas são pequenas, peludas e desenvolvem-se em menor quantidade, sobre os rebentos do ano. Crescem de forma isolada ou em grupos de duas flores e são de cor avermelhada, mudando para cor de laranja com o avançar do tempo.Neste território foram identificados até à data 726 espécies de plantas vasculares pertencentes a 98 famílias botânicas, salientando-se 51 espécies endémicas.
EstevaDa família Cistaceae, a esteva é também vulgarmente conhecida como laudanum. O nome comum ou comum de uma espécie é por tradição aquele pelo qual as pessoas melhor a conhecem e varia de acordo com a cultura local e região, por vezes a mesma planta pode ter nomes comuns diferentes ou o mesmo nome comum pode estar associado a espécies diferentes.Salgueiro negroO Salgueiro Negro, também conhecido como Blackberry ou Ash, é uma espécie nativa da família Salicaceae, que inclui muitas outras espécies presentes em Portugal, tais como o Choupo Negro, o Choupo Branco e o Salgueiro Branco.A Primavera é particularmente impressionante nesta área, com os campos cobertos por belíssimas flores de muitas cores. Um cheiro mágico do poder avassalador da Natureza no ar! É por isso que o Parque Natural do Tejo Internacional é um lugar deveras inspirador para nos deleitarmos a ouvir o som dos pássaros. Ou simplesmente o mais profundo silêncio.
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