A MED-WET é um projecto de 3 anos que tem como objectivo a melhoria da irrigação no Mediterrâneo e o fornecimento de água a pequenos agricultores através de tecnologias eficientes, de baixo custo e sustentadas na natureza. 3 soluções de irrigação simples e económicas para culturas e árvores de fruto estão a ser testadas em sítios-piloto em Portugal, Malta (Gozo), Marrocos e Egipto.
O consórcio MED-WET é liderado pela Universidade Hochschule Wismar (Alemanha) e inclui os seguintes parceiros: Universidade de Heliópolis para o Desenvolvimento Sustentável (Marrocos), a Universidade da Beira Interior e o Município do Fundão, a Faculdade de Artes, Ciências e Tecnologia de Malta e a Directoria EcoGozo (Malta).
Ao longo dos últimos anos, o Município do Fundão tem vindo a desenvolver uma estratégia integrada de desenvolvimento urbano, com a inovação no epicentro.
Ao atingir a sua fase final, após 3 anos de pesquisa e um ano e meio de testes-piloto em cerejeiras e pessegueiros, os líderes do projecto - uma parceria entre a UBI e o Município do Fundão, no distrito de Castelo Branco - estão bastante optimistas.
A tecnologia testada nas regiões mediterrânicas - Fundão, Malta e Marrocos - foi desenhada para um clima afectado pela alterações climáticas e pela seca. Apresenta uma combinação de irrigadores SLECI que oferecem distintos volumes de água adequados às necessidades específicas das árvores.
De acordo com o líder do projecto, João Leitão, o que torna esta tecnologia inovador é o seu efeito auto-regulador. Opera sob uma pressão hidráulica baixa e ajusta a quantidade de água libertada com base em factores como: o tipo de solo e o teor de humidade do solo. A água é transferida para o solo por meio de elementos de barro colocados a uma certa profundidade perto das raízes das culturas. Comparado com o sistema de irrigação de gotejo tradicional, as árvores precisam de tempo de reacção e de adaptação a este método, acrescentou.
As sessões formativas para agricultores já começaram, com o propósito de veicular conhecimento para a implementação de negócios agrícolas mais sustentáveis.
A MED-WET incorpora também tecnologias testadas noutros países, como a construção de zonas húmidas no Egito e um protótipo de casa solar com um sistema de dessalinização em Malta.
O projecto MED-WET é financiado pelo Programa PRIMA, suportado pela União Europeia.
é uma técnica de rega subterrânea auto-regulada que utiliza a força de sucção real do solo circundante para regular a libertação de água do sistema. A água é transportada através de tubos de argila que têm uma tensão de sucção mais elevada do que a pressão hidráulica aplicada, de modo a que a superfície dos tubos de argila permaneça húmida.
Compartimentos de estufa de evaporação baseados no princípio da dessalinização solar. A água salgada é evaporada (água bruta) e recondensada como água doce. São testados mecanismos passivos de arrefecimento da superfície que condensam a água evaporada, por exemplo, água de baixa qualidade (por exemplo, água subterrânea salgada ou água do mar). Os sistemas devem ser económicos e fáceis de instalar. As perdas por evaporação são reduzidas em 90 por cento e, por conseguinte, os custos de funcionamento, e os rendimentos aumentam em 10-30 por cento.
Zonas húmidas construídas produtivas para reutilização de águas residuais
transforma as águas residuais da vinha em água de rega recuperada, que flui para outras unidades de produção com culturas comestíveis. Isto permite aos agricultores utilizar diretamente efluentes que são seguros para reutilização e ricos em nutrientes para a agricultura. A seleção e o posicionamento das culturas são orientados para satisfazer as necessidades e a tolerância à água e aos nutrientes.
A Med-Wet acredita firmemente que o projeto pode contribuir significativamente para aliviar o aumento da procura de água doce e, assim, diminuir a escassez de água na região do Mediterrâneo. As alterações climáticas e o stress hídrico há muito que preocupam as Nações Unidas e outras entidades.
O Projecto Horizon Europe denominado Atlantic-Arctic Agora - A-AAGORA - foi estruturado para apoiar a missão da Comissão Europeia de "Restaurar o nosso Oceano e as nossas Águas até 2030" na esfera do Atlântico-Ártico, sob a orientação da Universidade de Aveiro.
A A-AAGORA está a responder a esta necessidade de:- Proteger e restaurar os ecossistemas marinhos e de água doce e a biodiversidade.- Proteger ecossistemas valiosos localizados em comunidades costeiras particularmente vulneráveis aos impactes das alterações climáticas.- Atenuar os efeitos das alterações climáticas, promovendo simultaneamente o bem-estar da sociedade.
O A-AAGORA demonstrará como a inovação, a gestão baseada nos ecossistemas e as soluções baseadas na natureza podem contribuir para uma transformação sustentável em três zonas costeiras:- Troms, Arquipélago Ártico, Noruega;- Condado de Cork, Irlanda;- Centro de Portugal.
As três Demos servirão como pilotos de acções inovadoras, fornecendo dados importantes da esfera Atlântico-Arctico que podem fazer avançar a ciência global dos oceanos e orientar a investigação noutras regiões costeiras e marinhas.
Este projeto é financiado pela União Europeia.
• Melhorar a proteção e a recuperação dos ecossistemas e da biodiversidade no sentido da neutralidade climática.• Demonstrar soluções baseadas na natureza para combater as alterações climáticas, preservando os ecossistemas naturais.• Capacitar indivíduos e comunidades para fazerem escolhas informadas e tomarem medidas para um futuro mais sustentável.• Fomentar a colaboração entre as partes interessadas e fazer avançar o debate global sobre a conservação dos oceanos.
Tudo o que usamos, vestimos, compramos, vendemos e comemos consome água para ser produzido. A pegada hídrica mede a quantidade de água utilizada para produzir cada um dos bens e serviços que utilizamos. Os produtores agrícolas do Mediterrâneo são frequentemente citados como sendo uma das maiores fontes de pegada hídrica na região.
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