Não há melhor forma de explorar toda a riqueza histórica de Coimbra do que a pé.
Situado na alta de Coimbra, junto ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, o Seminário Maior de Coimbra é um local de cultura e de espiritualidade desde 1765. Aqui encontrará extraordinárias colecções de arte italiana em Portugal com mais de dois séculos de existência.
O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra ocupa uma parte considerável dos fundamentos do Colégio de São Bento, que havia sido entregue à Universidade de Coimbra, passando por uma grande remodelação que data do tempo das reformas pombalinas (1774).
O Museu Nacional Machado de Castro é um ícone da cidade de Coimbra que, após um longo período de renovação, abriu as portas de todos os seus espaços expositivos ao público.
O grande pátio, dominado pela loggia quinhentista que exerce uma grande atração sobre quem passa neste ponto da cidade, é um exemplo impressivo de sobrevivência da carga simbólica de um lugar. Ele foi centro administrativo, político e religioso na época romana, foi templo cristão, pelo menos desde o séc. XI, paço episcopal a partir da segunda metade do séc. XII, museu desde 1911. É, por isso, um dos lugares mais complexos e aliciantes da cidade.
Após a conquista de Coimbra, em 1064 (456 H), por Fernando Magno, permaneceu na cidade uma forte comunidade mudéjar, cuja influência, na vida da urbe, era ainda assinalável no início do séc. XII.
A capacidade, prosperidade e prestígio da importante comunidade moçárabe conimbricense foi suficiente para influenciar o gosto local. A porta dupla do antigo Palácio Episcopal, embora já construída depois da conquista cristã da cidade, e apesar das remodelações conformes à cultura e imaginário dominantes nos séculos posteriores, mantém com os seus arcos em ferradura com alfiz, os traços contemporâneos da estética arquitectónica almóada.
Sediada no antigo Colégio dos Jesuítas, a Sé Nova ocupa o espaço maneirista edificado pela Companhia de Jesus na Alta da cidade. Desde 1547 o plano do colégio coimbrão sofreu inúmeras vicissitudes, entre avanços, recuos e modificações de planta. Finalmente, em 1598 foi lançada a primeira pedra do projecto de Baltazar Álvares, arquitecto a quem se atribui a traça. As obras iriam arrastar-se até 1640, data em que a igreja dedicada às Onze Mil Virgens foi aberta ao culto.
O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra é um museu interactivo que pretende proporcionar aos visitantes de todas as idades um ambiente de entretenimento para, assim, descobrir a ciência.
O Museu apresenta as colecções da Universidade de objectos científicos e de instrumentos, assim como diversas exposições interessantes e experiências hands-on. O Museu organiza inúmeras actividades. A suas exposições temporárias, as visitas guiadas, os workshops e as reuniões informais tornaram-se muito conhecidos e populares entre o público.
Espaços míticos da vida académica, as Repúblicas de Coimbra tiveram origem no século XIV, quando o rei D. Dinis mandou edificar umas casas na zona de Almedina para albergar os estudantes da universidade, mediante pagamento. Ao longo dos séculos, estas repúblicas ganharam fama e tradições próprias.
Fundada durante o reinado de Afonso Henriques, a Sé Velha de Coimbra representa, na sua monumentalidade, a grandeza austera da arquitectura românica. Considerada uma jóia do Românico português, é a única catedral portuguesa construída na época da Reconquista cuja estrutura chegou intacta até à actualidade.
Espaço cuja história particular se cruza com a história do país, o Mosteiro de Santa Cruz foi fundado no reinado de D. Afonso Henriques por um grupo de doze Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Esta comunidade monacal foi, efectivamente, a mais importante casa monástica dos reinados da primeira dinastia e marcou um período fundamental na formação da identidade de Portugal, contribuindo para a afirmação política de Coimbra durante a fundação do reino.